• Ana Rosa Gattorno

    A 28 de junho de 1998, com a promulgação do Decreto sobre a heroicidade das virtudes, Sua Santidade João Paulo II declarava Venerável a Serva de Deus Ana Rosa Gattorno.

  • Maristella 60 anos

    A Escola tem como Filosofia anunciar e testemunhar a Palavra no Carisma da sua Fundadora Rosa Gattorno, inspirado na figura de Sant’Ana, visando a libertação do homem total, em pobreza de coração e doação materna.

  • Campanha da Fraternidade 2012

    Anualmente, a Campanha da Fraternidade quer promover a solidariedade nas comunidades cristãs e na sociedade humana, em busca de uma sociedade que tenha como um de seus pilares a solidariedade.

Figuras de Linguagem

sexta-feira, 1 de junho de 2012 0 comentários

Figuras de Linguagem

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
“Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrático do litoral.”

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
“Eu que passo, penso e peço.”

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.”

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se sebentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.

• De número
Os lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer”

Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)

e) prosopopéia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

f) gradação ou clímax: é a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Vícios de linguagem

A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.
Quando o falante se desvia do padrão para alcançar uma maior expressividade, ocorrem as figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não-conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em gravar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.
pesquiza (em vez de pesquisa)
prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambigüidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.
O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.
Paguei cinco mil reais por cada.

e) pleonasmo: consiste na repetição desnecessária de uma idéia.
A brisa matinal da manhã deixava-o satisfeito.

f) neologismo: é a criação desnecessária de palavras novas.
Segundo Mário Prata, se adolescente é aquele que está entre a infância e a idade adulta, envelhescente é aquele que está entre a idade adulta e a velhice.

g) arcaísmo: consiste na utilização de palavras que já caíram em desuso.
Vossa Mercê me permite falar? (em vez de você)

h) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.
O menino repetente mente alegremente.

China

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China
A China é um continente em si mesma, uma gigantesca massa de terra quase trinta vezes maior que a Alemanha.
Isolada em grande parte por desertos e montanhas, com toda a naturalidade a China entendeu-se como o império do meio; como tudo que existe debaixo do céu: “o centro do mundo por excelência!”
A China é um país multiétnico (chineses, malaios e indianos). Hoje sabemos que os chineses são um povo que possui uma história e uma cultura milenar, que conseguiu “achinesar” todos os povos conquistadores.
A China possui uma população de 1,2 milhões de habitantes, sendo que 90% dos que vivem nas províncias orientais apesar dos dialetos, se mantém unidos por uma mesma escrita. Por toda parte da China os mesmos sinais de escrita são símbolos que reproduzem mais o sentido do que o som da palavra, conforme o tom da palavra ou frase pode significar coisas internamente diferentes; mas que apesar disso são entendidos em diferentes partes da China como também na Coréia, Vietnã e no Japão (apesar de serem lidas de maneiras diferentes).
Os sinais expressam sentidos, idéias de ordem e de valores. A arte da escrita desde cedo foi considerada pelos chineses como o sinal de formação elevada.
Como arte, ela é considerada bem acima da pintura e como espírito e caráter de uma pessoa, se expressa diretamente através da letra. Eles vêem na caligrafia a mais elevada forma de todas as artes.
As celebrações chinesas dos mortos são realizadas de modo festivo. Para os chineses nem tudo se acaba com a morte e as relações entre os vivos e mortos continuam a existir.
Desde tempos antigos, a veneração aos mortos ocupa o centro da piedade chinesa Não poder mais se comunicar com os mortos para muitos chineses foi e continua a ser a razão mais importante para não se converterem ao cristianismo.
Os funerais chineses são celebrações familiares e para os membros mais próximos da família a cor do luto é branco. Os chineses muitas vezes só enterram seus mortos depois de metódicas celebrações, que podem se estender por vários dias.
Após o enterro, o retrato do falecido ou da falecida é colocado sobre o altar da casa, ao lado dos deuses domésticos. Dessa forma, o morto assume seu lugar como ancestral da família.
Ancestrais e deuses são honrados e venerados com incensos, gestos e invocações; para os chineses, as realizações da geração presente se fundamentam nas boas ações das gerações passadas em certa medida.
A religiosidade chinesa, pratica a piedade chinesa tradicional, que não está só voltada para o fim da vida, mas também para um nascimento ou um casamento para reunir a família e partilhar a refeição para venerar os ancestrais e os deuses domésticos transmitindo-lhes as novidades e acontecimentos.
Os atos da piedade chinesa popular funcionam sem sacerdotes, sem doutrina dogmática, nem magistério. Por isso, muitos costumes chineses são considerados por outros grupos étnicos como grandes superstições.

BUDISMO CH’AN: Sistema ético, religioso e filosófico criado na região da Índia por volta do século VI a.C. pelo príncipe hindu Sidarta Gautama , o Buda, (563? - 483 a.C?). Buda é venerado como um guia espiritual e não um deus. Essa distinção permite a seus seguidores conviver com outras religiões e continuar seguindo os preceitos budistas. A origem do budismo está no hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a nona encarnação ou avatar de Vishnu. O budismo tem sua expansão freada na Índia a partir do século VII, após a invasão muçulmana e o crescimento do islamismo. Mas expande-se intensamente por toda a Ásia. Ramifica-se em várias escolas, ganhando novos matizes e rituais quando é adotado por diversas culturas.
Princípios - Os ensinamentos do Buda têm como base o preceito hinduísta do samsara, segundo o qual o ser humano está condenado a reencarnar infinitamente após cada morte e a enfrentar os sofrimentos do mundo. Os atos praticados em cada reencarnação definem a condição de cada pessoa na vida futura, preceito conhecido como carma. Segundo o budismo, Buda ensina a superar o sofrimento e atingir o nirvana, evolução e aprimoramento total do espírito que aniquila os fatores humanos e permite ao homem encerrar a corrente de reencarnações.
CONFUCIONISMO: O confucionismo é a ideologia política, social e religiosa do pensador chinês Confúcio (551-479 a.C.). Confúcio é a grafia latina do nome Koung Fou Tseu (ou mestre Kung). O princípio básico do confucionismo é conhecido pelos chineses como junchaio (ensinamentos dos sábios) e define a busca de um caminho superior (tao) como forma de viver bem e em equilíbrio entre as vontades da terra e as do céu. Confúcio é mais um filósofo do que um pregador religioso. Suas idéias sobre como as pessoas devem comportar-se e conduzir sua espiritualidade se fundem aos cultos religiosos mais antigos da China, que incluem centenas de imortais, considerados deuses, criando um sincretismo religioso. O Confucionismo foi a doutrina oficial na China durante quase 2 mil anos, do século II até o início do século XX.
Doutrina - No Confucionismo não existe um deus criador do mundo, nem uma igreja organizada ou sacerdotes. O alicerce místico de sua doutrina é a busca do Tao, conceito herdado de pensadores religiosos anteriores a Confúcio. O tao é a fonte de toda a vida, a harmonia do mundo. No confucionismo, a base da felicidade dos seres humanos é a família e uma sociedade harmônica. A família e a sociedade devem ser regidas pelos mesmos princípios: os governantes precisam ter amor e autoridade como os pais; os súditos devem cultivar a reverência, a humildade e a obediência de filhos.
Confúcio ensina que o ser humano deve cultuar seus antepassados mortos, de forma a perpetuar o mesmo respeito e amor que tem por seus pais vivos. De acordo com a doutrina, o ser humano é composto de quatro dimensões: o eu, a comunidade, a natureza e o céu - fonte da auto-realização definitiva. As cinco virtudes essenciais do ser humano são amar o próximo, ser justo, comportar-se adequadamente, conscientizar-se da vontade do céu, cultivar a sabedoria e a sinceridade desinteressadas. Somente aquele que respeita o próximo é capaz de desempenhar seus deveres sociais. O único sacrilégio é desobedecer à regra da piedade.
TAOÍSMO: Religião que nasce da escola de filosofia chinesa centrada no conceito de "caminho" (Tao). Enquanto filosofia (Tao chia), sua origem é atribuída aos ensinamentos do sábio Erh Li, ou Lao Tsé, que teria vivido no século VI a.C. O taoísmo religioso (Tao ciao) surge na dinastia Han, no século II, e assimila elementos religiosos anteriores e mais antigos da China. Seus conceitos - parte deles presentes também no confucionismo - influenciam a vida chinesa até hoje. Perseguido no país a partir de 1949, ainda é praticado na China. É popular também na Tailândia e em Hong Kong.
Os taoístas são politeístas e veneram deuses ancestrais. Todas as pessoas que atingem a imortalidade se tornam deuses e são cultuados. Entre os deuses mais populares estão Shou Hsing, deus da longevidade; Lu Hsing, deus da riqueza; e Fu Hsing, deus da felicidade.
XINTOÍSMO: Nome genérico dado às atividades de práticas mágicas, geralmente realizadas por um xamã, ou feiticeiro, que busca contatar mundos e forças sobrenaturais, invocar ou incorporar espíritos ou entidades divinas. Aparece em diferentes cultos religiosos da Ásia Central e Setentrional, África, Américas e Oceania, em culturas antigas em diferentes estágios de evolução, particularmente nas sociedades indígenas. Por essa razão, o xamanismo não é considerado uma religião propriamente dita, mas um traço característico a diversas religiões. Usualmente, as principais tarefas destinadas a um xamã são a cura, a adivinhação e a busca de soluções para problemas ou questões da coletividade. É comum que o xamã entre em estado de transe emocional e que utilize plantas, animais e minerais em sessões rituais, que podem incluir a ingestão de bebidas muitas vezes alucinógenas.
As práticas Taoistas

Artes Maciais
KUNG-FU, CARATÊ, JUDÔ, AIKIDÔ, TAI-CHI-CHUAN
É ensinado que o equilibrio da pessoa com o TAO é estabelecido qdo a FORÇA ou Ch i ( ki ) , significa energia que sustenta a vida, fui no corpo e se estende a fim de destruir o seu oponente.

Acupuntura
Eles vêem a saúde fisiológica como a evidencia do equilíbrio YIN E YAN
Se estes elementos estão desequilibrados , as enfermidades surgem
para restaurar a saúde necessita haver uma ruptura no fluxo YIN E YAN , Que e´ feito através de agulhas inseridas no corpo, uma vez que o equilíbrio dos elementos tenham sido estabelecidos

Tai Chi 
Incorpora os princípios taoístas do Tao Te-ching , inspirado na luta de uma águia com  uma cobra, observada por um mestre taoista.
Consiste em concentrar a energia , extraindo a força da terra e do céu

A Revolução Industrial

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A Revolução Industrial


O que é indústria?

      Veja estes exemplos: o homem transforma a lã em tecido, transforma o trigo em farinha; transforma a pedra em cimento etc.
          Indústria é a transformação da matéria prima (animal, como a lã, vegetal, como o trigo, ou mineral, como a pedra) em produtos que são utilizados pelo homem.

Como se faz essa transformação?

      A transformação de matérias-primas em produtos úteis ao homem passou por tres formas básicas:

A:) Artesanato: é a forma mais simples de produção industrial. Nesse sistema, o artesão faz tudo. O tecelão por exemplo fazia o fio e o tecia; o sapateiro preparava o couro, cortava-o e o costurava produzindo o sapato.

B:) Manufatura: caracterizava-se por um grande número de trabalhadores reunidos num determinado local e na especialização do trabalho; cada trabalhador realizava uma atividade específica.

C:) Mecanização: utilização de máquinas em substituição às ferramentas e ao próprio trabalho do homem; esta é a forma mais complexa da industrialização.

O processo da industrialização exigiu:
a)      desenvolvimento técnico e científico;
b)      investimento de grandes somas de dinheiro;
c)      fornecimento de matérias primas;
d)      consumidores para os produtos transformados.

      A partir do século XVIII, o fenômeno da Revolução Industrial provocou uma grande mudança nas técnicas e nos instrumentos de trabalho, que por sua vez ampliaram os empreendimentos comerciais e aumentaram a produção.

Com a Revolução Industrial houve:

  • a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;
  • a mecanização da indústria e da agricultura;
  • o desenvolvimento do sistema fabril, com o uso da energia a vapor;
  • o desenvolvimento dos transportes e das comunicações;
  • a expansão do capitalismo, que passou a controlar quase todos os ramos da atividade econômica.
  
      Como foi possível um conjunto de transformações tão profundas e revolucionáias?

      O desenvolvimento industrial foi favorecido por várias circunstâncias:

  • as inovações da época da revolução comercial (na fase final da idade média), com a invenção do relógio de pêndulo, do termômetro, da bomba aspirante, da roda de fiar, do tear para fazer meias, os melhoramentos na fundição de metais e na obtenção do bronze.
  • A disponibilidade de capitais, resultante do acumulo de riquezas na Europa com a expansão marítima e comercial (entre 1400 e 1700), que levou a burguesia a procurar novas atividades para investir seu capital.
  • O mercantilismo que, com a finalidade de aumentar as exportações e conseguir uma balança comercial favorável, estimulou a produção de manufaturas.
  • Novos mercados consumidores, proporcionando uma procura cada vez maior de produtos industriais, graças à formação dos impérios coloniais e ao aumento da população européia.
  • O liberalismo econômico que, defendendo a liberdade nas atividades econômicas, contribuiu para a abolição das restrições impostas pelo mercantilismo ao comércio e às indústrias.

          A Inglaterra foi a pioneira da Revolução Industrial, favorecida por vários fatores:

a)      o grande acumulo de capitais resultante da Revolução Comercial;
b)      a existência de uma grande liberdade econômica para a burguesia, principalmente após a Revolução Gloriosa de 1668;
c)      a existência de um vasto império colonial fornecedor de matérias-primas e consumidor de produtos manufaturados;
d)      a existência de uma poderosa marinha mercante que trazia matérias-primas e transportava produtos industrializados às mais distantes regiões do mundo.
e)      O clima favorável à industria de tecidos e a existência de grandes reservas de carvão mineral, utilizados como combustível.

A Revolução Industrial expandiu-se rapidamente para a França, Bélgica,, Alemanha e Estados Unidos.


Primeira fase da Revolução Industrial: 1750-1850


      Essa etapa da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos:

a)      invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão e consequente desenvolvimento da indústria têxtil;
b)      invenção da máquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecânica, como a roda de água, a roda de vento e a tração animal;
c)      uso do coque para a fundição do ferro; a produção de lâminas de ferro e a produção do aço em larga escala;
d)      melhoria no processo de exploração do carvão mineral, com a utilização de máquinas a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão;
e)      revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva, do navio a vapor e do telégrafo;
f)        progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e arados, invenção da debulhadora e da ceifadeira mecânica.


Segunda fase da Revolução Industrial: de 1950 em diante


      Os principais fenômenos que marcaram a Segunda fase da Revolução Industrial foram:

a)      aperfeiçoamento na produção do aço, que superou o uso do ferro;
b)      aperfeiçoamento do dínamo;
c)      utilização de novas fontes de energia, como o petróleo e a energia elétrica;
d)      invenção do motor de combustão interna;
e)      emprego dos metais leves, como o alumínio e o magnésio;
f)        nova evolução nos transportes, com introdução das locomotivas e dos navios a óleo, invenção do automóvel, do avião, do telégrafo sem fio, do rádio e da televisão;
g)      introdução de máquinas automáticas, permitindo a produção em série e provocando um grande aumento na produção.
A Revolução Industrial provocou grandes transformações no mundo:

      A economia transformou-se, pois a atividade industrial passou a ocupar o centro da vida econômica; formaram-se grandes empresas industriais e o trabalho assalariado passou a predominar em toda a parte; em outras palavras impõe-se o capitalismo industrial.
      A sociedade foi profundamente afetada pelo êxodo rural e pelo crescimento da vida urbana; começaram a formar as cidades industriais; ocorreu também um aumento da população mundial; a burguesia industrial se fortaleceu e começou a ganhar cada vez mais destaque a classe operária.
      Na política, houve a queda do estado absolutista, disputa entre os países europeus pelo domínio das colônias na África e na Ásia com o objetivo de obter matérias-primas para a indústria e consumidores para os produtos manufaturados; começaram a aparecer idéias políticas, sociais e econômicas tentando explicar a nova situação e solucionar os novos problemas.



Em resumo:
A Revolução Industrial

Fases da indústria

  • artesanato;
  • manufatura;
  • mecanização.

O processo da industrialização exigiu:
  • desenvolvimento técnico e científico;
  • investimento de grandes capitais;
  • fornecimento de matérias-primas;
  • consumidores para os produtos transformados.

A Revolução Industrial proporcionou:
  • a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;
  • a mecanização da indústria e da agricultura;
  • o desenvolvimento do sistema fabril;
  • o desenvolvimento dos transportes e comunicações;
  • a expansão do capitalismo.


Primeira fase da Revolução Industria: 1750-1850
  • tear mecânico, máquina a vapor, fundição do ferro, progressos na agricultura.


Segunda fase da Revolução Industrial: 1850 em diante
  • dínamo, petróleo, motor de combustão interna, máquinas automáticas.


Vocabulário:

      Ceifadeira: Máquina para cortar cereais, sobretudo trigo; é dotada de uma lâmina dentada que se movimenta em vaivém num porta-lâmina, guarnecido por dedos de ferro que dividem o cereal cortado em pequenos feixes.
      Coque: Tipo de carvão proveniente da destilação da hulha; é um mineral fóssil sólido de origem vegetal. O coque é usado sobretudo na produção de aço.
      Debulhadora: Máquina para debulhar, isto é, separar os grãos dos cereais do bagaço ou das folhas.
      Dínamo: Gerador que transforma a energia mecânica em energia elétrica.
      Tear: aparelho próprio para tecer.

CONCORDÂNCIA 2

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

Leia a frase abaixo e observe as inadequações:

Aquele dois meninos estudioso leram livros antigo.

Note que as inadequações referem-se aos desajustes entre as palavras que a constituem.

Para que a frase concorde, adequadamente, entre todos os termos, é necessário:

. Aquele concordar com a palavra dois;
. Estudioso concordar com meninos;
. Antigo concordar com livros.

Fazendo-se os ajustes necessários a frase ficará assim:

Aqueles dois meninos estudiosos leram os livros antigos.
                                               
Assim, concordância nominal consiste na adaptação de uns nomes aos outros, harmonizando-se nas suas flexões com as palavras de que dependem.


REGRA GERAL

O artigo, o pronome, o adjetivo e o numeral devem concordar em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o substantivo a que se refere.

O alto ipê cobre-se de flores amarelas.
  Adj.                                     Adjetivo

Faz duas horas que cheguei de viagem.
       Num.


OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL

1. Um adjetivo após vários substantivos

Quando os substantivos são do mesmo gênero há duas concordâncias:

a) assumir o gênero do substantivo e vai para o plural:
Encontramos um jovem e um homem preocupados.
                                                                                                          
No exemplo acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e foi para o plural.


b) concordar só com o último substantivo em gênero e número:
Ela tem irmão e primo pequeno.
                                                     
Acima o adjetivo assumiu o gênero masculino e concordou só com o último substantivo.


OBSERVAÇÃO:

* Quando os substantivos são do mesmo gênero, as duas concordâncias podem ser usadas, embora a primeira seja mais adequada porque mostra que a característica é atribuída aos dois substantivos.

* Se o último substantivo estiver no plural, a concordância só poderá ficar no plural.
Ele possui perfume e carros caros.

* Se o adjetivo funcionar como predicativo, o plural será obrigatório.
O irmão e o primo dele são pequenos.
                                                    
Quando os substantivos são de gêneros diferentes também há duas possibilidades:

a) ir para o masculino plural:
“Uma solicitude e um interesse mais que fraternos.” (Mário Alencar)

b) concordar só com o substantivo mais próximo:
A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta.


OBSERVAÇÃO: 

* No caso de substantivos de gêneros diferentes o adjetivo irá para o masculino plural, se o adjetivo tiver a função de predicativo.
O aluno e a aluna estão reprovados.
                                               

2. Um adjetivo anteposto a vários substantivos

A concordância se dará com o substantivo mais próximo.
Tiveste má idéia e pensamento.
Velhos livros e revistas estavam empilhados na prateleira.

OBSERVAÇÃO: 

* Quando o adjetivo exerce a função de predicativo, ele pode concordar só com o primeiro ou ir para o plural.
Ficou reprovada a aluna e o aluno.
Ficaram reprovados a aluna e o aluno.

* Se o adjetivo anteposto referir-se a nomes próprios, o plural será obrigatório.
As simpáticas Lúcia e Luana são irmãs.


3. Um substantivo e mais de um adjetivo

Admitem-se duas concordâncias:

a) Quando o substantivo estiver no plural, não se usa o artigo antes dos adjetivos.
Estudava os idiomas francês e inglês.

b) Se o substantivo estiver no singular, o uso do artigo será obrigatório a partir do segundo adjetivo.
Estudo a língua inglesa, a francesa e a italiana.


4. É bom, é necessário, é proibido

Essas expressões concordam obrigatoriamente com o substantivo a que se referem, quando for precedido de artigo. Caso contrário, são invariáveis.
Vitamina C é bom para saúde.
É necessária muita paciência.

5. Um e outro (num e noutro)

Nesse caso o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plural.
Numa e noutra questão complicadas ela se confundia.

6. Anexo, incluso, apenso, próprio, obrigado

Por serem adjetivos, concordam com o substantivo a que se referem.
Seguem anexos os acórdãos.
A procuração está apensa aos autos.
Os documentos estão inclusos no processo.
Obrigado, disse o rapaz.
Elas próprias resolveram os exercícios.

Observação:

A expressão em anexo é invariável.
Em anexo segue a procuração
Em anexo segue o despacho.

7. Mesmo, bastante

Tanto pode ser advérbio como pronome. Quando for advérbio permanece invariável. Quando é pronome concorda com a palavra a que se refere.
Os alunos mesmos resolveram o problema.
Os alunos resolveram mesmo o problema.

Nesse caso mesmo = realmente (advérbio)

Havia bastantes razões para ela reclamar. (pronome)
Eles chegaram bastante cedo ao aeroporto.(advérbio)

8. Menos, alerta

São palavras invariáveis.
O Amazonas é o Estado menos populoso do Brasil.
Havia menos alunas na sala hoje.
Os soldados estavam alerta.

9. Meio

Essa palavra pode ser numeral ou advérbio.

a) Quando for numeral é variável e concorda com a palavra a que se refere.
Tomou meia garrafa de champanhe. (numeral)
Isso pesa meio quilo. (numeral)

b) Se for advérbio é invariável.
A porta estava meio aberta. (advérbio)
Ele anda meio cabisbaixo. (advérbio)

10. Muito, pouco, longe, caro

Quando essas palavras funcionam como adjetivo variam de acordo com a palavra a que se referem. Se funcionarem como advérbio são invariáveis.
Muitos alunos compareceram à formatura. (adjetivo)
Os perfumes eram caros. (adjetivo)
As mensalidades escolares aumentaram muito.
(advérbio)
Vocês moram longe. (advérbio)


11.

a) Quando tem o significado de sozinho (s) ou sozinha (s) essa palavra vai para o plural.
Joana ficou em casa. (sozinha)
Lúcia e Lívia ficaram sós. (sozinhas)

b) Ela é invariável quando significa apenas/somente. Depois da guerra restaram cinzas. (apenas)
Eles queriam ficar na sala. (apenas)

Observação:
A locução adverbial a sós é invariável.

12. Possível

Quando acompanhada de expressões superlativas (o mais, a menos, o melhor, a pior) varia conforme o artigo que integra as expressões.
As previsões eram as piores possíveis.
Recebemos a melhor notícia possível.

13. Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento sempre concordam em 3ª pessoa.
Vossa Santidade está muito preocupado. (3ª P.S.)



 
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